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Prefeito de São Paulo lidera gastos em obras sem licitação, aponta investigação do UOL com indícios de irregularidades.






Reportagem Especial: Prefeito de São Paulo é o que mais gastou com obras sem licitação desde 2009

Candidato à reeleição é o prefeito que mais gastou com obras sem licitação desde 2009. Foram R$ 3,7 bilhões entre janeiro de 2022 e outubro de 2023. Série de reportagens do UOL trouxe à tona indícios de irregularidades em obras emergenciais da prefeitura. Ao menos 223 dos 307 contratos traziam sinais de combinação de preços entre firmas concorrentes.

Ele escolheu a empresa do compadre. Aliás, numa escolha entre você [telespectador], a cidade e os amigos do prefeito, ele escolheu, decididamente, os amigos.
Guilherme Boulos, deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo

Acho que você tem que responder quem é [André] Janones, você instituiu a legalização da rachadinha. Você precisa responder quem é Maduro, responder tantos nomes. Mas vou te responder, conheçoPedro José da Silva há anos […]. Fico um pouco indignado, a gente espera um debate de alto nível, vocês estão vendo, é só ataque.
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo e candidato à reeleição

Prefeito de São Paulo é o que mais gastou com obras sem licitação desde 2009

O atual prefeito de São Paulo, que está concorrendo à reeleição, se destaca por ser o gestor municipal que mais desembolsou verbas públicas em obras sem licitação desde o ano de 2009. Ao longo de um período de quase dois anos, entre janeiro de 2022 e outubro de 2023, foram destinados surpreendentes R$ 3,7 bilhões para obras emergenciais na capital paulista.

Uma investigação conduzida pelo portal de notícias UOL revelou graves indícios de irregularidades nos contratos firmados pela prefeitura para essas obras. A análise apontou que, dos 307 contratos analisados, pelo menos 223 apresentavam evidências de conluio entre empresas concorrentes, resultando em possíveis combinações de preços prejudiciais aos cofres públicos.

O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, criticou veementemente a conduta do prefeito, afirmando que ele priorizou os interesses de seus amigos em detrimento da cidade e de seus habitantes. “Ele escolheu a empresa do compadre. Aliás, numa escolha entre você, a cidade e os amigos do prefeito, ele escolheu, decididamente, os amigos”, declarou Boulos.

Já o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, se defendeu das acusações durante um debate eleitoral. Nunes sugeriu que seus opositores estavam focando em ataques pessoais, desviando a discussão para questões irrelevantes. “Conheço Pedro José da Silva há anos. Fico um pouco indignado, a gente espera um debate de alto nível, vocês estão vendo, é só ataque”, afirmou o prefeito.

Diante do cenário de denúncias e acusações, a população de São Paulo aguarda com expectativa a definição dos rumos políticos da cidade e como isso irá impactar nas próximas eleições municipais. As revelações feitas pela imprensa e os embates entre os candidatos prometem acirrar ainda mais o clima eleitoral na maior metrópole do país.


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