
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Presidente do Banco Central descarta fim do papel-moeda
Em evento realizado no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou categoricamente que encerrar a circulação do papel-moeda não está nos planos da autarquia. Durante sua participação no Blockchain Rio, Campos Neto ressaltou a importância de oferecer opções para o uso do real e destacou um episódio durante a pandemia de Covid-19 para ilustrar a necessidade do dinheiro em espécie.
O presidente relatou que houve uma situação crítica devido à alta demanda por cédulas durante a implementação do programa de auxílio emergencial em 2020. O auxílio, que visava atender famílias de baixa renda afetadas pela pandemia, quase foi comprometido pela falta de dinheiro em espécie disponível. “Chegamos muito perto de não conseguir realizar o programa de transferência de renda porque as pessoas queriam ter o dinheiro em mãos”, destacou Campos Neto.
Essa experiência serviu como alerta para a importância de manter o papel-moeda em circulação e disponível para a população, segundo o presidente do Banco Central. A necessidade de diversificação nos meios de pagamento foi enfatizada como forma de garantir o pleno funcionamento de programas sociais e a inclusão financeira de todos os cidadãos.