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Atleta muçulmana é impedida de usar véu islâmico na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, França, mas consegue participar com boné.





França impede atleta muçulmana de usar véu islâmico na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos

França impede atleta muçulmana de usar véu islâmico na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos

A França tomou uma decisão polêmica ao proibir a atleta muçulmana Sounkamba Sylla, de 26 anos, de usar o véu islâmico na cabeça durante o desfile fluvial da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que acontecerá nesta sexta-feira (26). A corredora dos 400 metros rasos conseguiu chegar a um acordo com os dirigentes e terá permissão para participar do desfile, porém utilizando um boné para prender um pedaço de pano que cobrirá seus cabelos.

No entanto, inicialmente, Sylla foi barrada de participar da cerimônia de abertura, o que gerou indignação por parte da atleta, que ironizou a situação nas redes sociais, criticando a restrição em um evento realizado em seu próprio país, destacando a ironia da situação.

A proibição de “símbolos religiosos ostensivos” nas delegações esportivas francesas foi uma medida adotada pela ministra dos Esportes e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Amélie Oudéa-Castéra, em defesa da neutralidade e do Estado laico.

Por causa dessa política, Sylla já havia competido no Campeonato Europeu de Atletismo, em Roma, no último mês, utilizando um boné em vez do véu islâmico. Caso tivesse desrespeitado a determinação e competido com o véu, o ministério teria solicitado à federação francesa que a atleta fosse excluída da delegação.

É importante ressaltar que nos últimos anos, a ultradireita tem conquistado espaço na França, promovendo discursos de expulsão de imigrantes, principalmente muçulmanos. Nas eleições legislativas recentes, os partidos de ultradireita obtiveram cerca de um quarto das cadeiras no parlamento, evidenciando a polarização política no país.


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