Privatização da Sabesp: Governo Paulista vende 32% das ações por R$ 14,7 bilhões e Equatorial se torna investidora de referência
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A transação envolveu a venda de 15% das ações para a Equatorial Participações e Investimentos por R$ 6,9 bilhões, tornando o grupo o investidor de referência. Os demais 17% foram adquiridos por pessoas físicas, jurídicas e funcionários da companhia, totalizando R$ 7,8 bilhões em receita para o governo paulista.
Embora o valor das ações vendidas durante a privatização tenha sido de R$ 67 cada, abaixo do preço atual de R$ 87, representa uma valorização em relação ao início do processo de privatização em fevereiro de 2023, quando eram negociadas por R$ 53.
Além disso, com a privatização, foram antecipadas as metas de universalização do saneamento em São Paulo para 2029, reduzidas as tarifas para diferentes categorias de consumidores e estabelecido o plano regional de investimentos de R$ 69 bilhões até 2029 para ampliar o acesso à água potável e ao tratamento de esgoto.
A Equatorial, única empresa a se candidatar como investidora de referência da Sabesp, terá o direito de indicar três membros no Conselho de Administração da companhia, juntamente com outras três indicações do governo de São Paulo e três membros independentes. Com atuação no Amapá, a Equatorial possui a Companhia de Saneamento do Amapá (CSA), atendendo cerca de 800 mil pessoas, enquanto a Sabesp atende a 375 municípios e possui 28 milhões de clientes.
O Acordo de Investimentos prevê que o investidor de referência não poderá vender suas ações até dezembro de 2029, além de ficar impedido de participar de projetos concorrentes com a Sabesp nos municípios paulistas. Essa privatização marca um novo capítulo na história da Sabesp e do saneamento básico no estado de São Paulo, com perspectivas de melhorias na prestação de serviços e acesso à água e saneamento para a população.