DestaqueSenado Federal

Governo precisa de esforço fiscal de R$ 28 bilhões para cumprir meta de déficit primário em 2024, aponta projeção da IFI.






Projeção da IFI aponta necessidade de esforço fiscal para 2024

Projeção da Instituição Fiscal Independente aponta necessidade de esforço fiscal para 2024

A projeção realizada pela Instituição Fiscal Independente (IFI) indica que o governo federal precisará fazer um esforço fiscal equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para cumprir a meta de déficit primário estabelecida para o ano de 2024. Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de julho, estimativas apontam que o esforço fiscal efetivo, através de cortes de despesas e novas receitas, deverá ser cerca de R$ 28 bilhões. Recentemente, o governo começou a anunciar os primeiros cortes no Orçamento deste ano, confirmando o bloqueio ou contingenciamento de R$ 15 bilhões.

O relatório de julho da IFI revela que o déficit primário recorrente do governo federal atingiu 1,6% do PIB nos últimos 12 meses até junho. O resultado primário recorrente exclui efeitos não recorrentes, como antecipação de dividendos e outras arrecadações atípicas.

De acordo com o relatório, apesar do aumento real de 8% nas receitas primárias no primeiro semestre do ano, as despesas primárias apresentaram um incremento maior, de 10,5%. Fatores não recorrentes foram neutralizados, evidenciando que, enquanto as receitas teriam crescido 6%, as despesas aumentaram 10,9% no primeiro semestre de 2024. Os diretores da IFI, Marcus Pestana e Alexandre Andrade, assinam o relatório.

Orçamento de 2024

O anúncio de um bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 foi feito pelo governo, sendo R$ 11,2 bilhões em bloqueio de despesas e R$ 3,8 bilhões em contingenciamento. A confirmação do congelamento foi realizada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 3º bimestre.

O detalhamento dos cortes por órgão será divulgado na próxima semana, destacando a tarefa desafiadora que o governo enfrentará. A IFI menciona que diversas despesas primárias discricionárias são difíceis de serem contingenciadas ou canceladas, o que inclui complementação para gastos mínimos em saúde e educação, emendas parlamentares de execução obrigatória, entre outros compromissos.

Máquina pública federal

O RAF também aponta que um mínimo necessário para o funcionamento da máquina pública federal envolveria 1,3% do PIB em despesas primárias discricionárias rígidas. Adicionalmente, seriam necessários 0,7% do PIB para áreas como saúde e educação, 0,5% para investimentos, 0,4% para custeio administrativo e ampliado, e 0,3% para investimentos mínimos em políticas públicas consolidadas.

A IFI adverte que sem alterações na dinâmica das finanças públicas e execução do orçamento, poderá ocorrer um estrangulamento na execução do Orçamento federal em três anos.

Orçamento de 2025

O governo anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas na proposta de Orçamento de 2025. Essas medidas visam garantir a estabilidade fiscal e o cumprimento das metas estabelecidas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo