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Eleição na Venezuela tem amplas implicações geopolíticas devido à proximidade com potências e às reservas de petróleo.

A Venezuela se prepara para uma eleição presidencial crucial que ocorrerá no próximo domingo (28) de julho, e que terá amplas implicações geopolíticas. O país, sendo um grande produtor de petróleo e mantendo relações controversas com potências ocidentais, como os Estados Unidos, tem sido alvo de atenção de especialistas e analistas internacionais que preveem cenários diversos de acordo com o resultado das eleições.

Segundo Alexandre Pires, professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), se o atual presidente Nicolás Maduro permanecer no poder, a Venezuela manterá sua proximidade com China, Rússia e Irã. Por outro lado, caso a oposição vença, é esperado um realinhamento político com os Estados Unidos e a União Europeia. A vitória da oposição também poderia resultar em um aumento nos investimentos no setor petroleiro, ajudando a recuperar a indústria petrolífera do país.

Nildo Ouriques, professor de relações internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca a importância do petróleo venezuelano no cenário político regional, afirmando que os Estados Unidos estariam igualmente preocupados com a instabilidade política no país mesmo sem a presença desse recurso natural.

O efeito simbólico de uma vitória da oposição também é ressaltado por Luis Salas, sociólogo e analista venezuelano, que aponta a possibilidade de um realinhamento político com governos considerados reacionários em caso de triunfo da oposição.

A poucos dias das eleições, as pesquisas apontam resultados divergentes, com algumas indicando uma vantagem ampla para a oposição e outras prevendo a reeleição de Maduro. Independentemente do vencedor, a Venezuela enfrenta desafios econômicos e políticos que inevitavelmente moldarão seu futuro e suas relações internacionais.

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