O presidente Lula possui a decisão final sobre o padrão da TV 3.0, conhecida como a TV do futuro, após a escolha do modelo dos EUA pelo Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) nesta segunda-feira.
No entanto, a implementação desse novo padrão está prevista apenas para depois de 2028 devido às dificuldades de migração de certos serviços para outras faixas de frequência, que são essenciais para o tráfego dos sinais das operadoras e emissoras.
Segundo informações do Ministério de Comunicações, a previsão inicial era de que o novo padrão de TV aberta estivesse pronto para transmissão em 2025, prometendo uma revolução no setor ao integrar os canais de TV com a internet, abrindo assim novas oportunidades de negócios para os radiodifusores.
No entanto, as dificuldades operacionais são evidentes. A migração de serviços para outras faixas de frequência é uma etapa crucial para o funcionamento do sistema. Essa mudança já foi realizada durante a implantação da TV digital no Brasil, quando os radiodifusores tiveram que liberar a faixa de 700 MHz para as operadoras de telefonia celular.
Atualmente, essa transição é mais complexa devido ao maior número de canais de TV e à ocupação das faixas de frequência propostas, entre 300 MHz e 600 MHz, por serviços de radioamador e comunicação de órgãos de segurança pública.
De acordo com técnicos envolvidos nas discussões, a mudança para o padrão 3.0 será mais desafiadora, uma vez que há um aumento significativo no número de canais no plano básico e uma redução de um terço no espectro disponível.
A nova tecnologia promete tornar os canais mais interativos, com navegação por meio de aplicativos e uma qualidade de imagem que poderá ser transmitida em até 4k ou 8k, quando assistida pela internet. Além disso, a tecnologia proporcionará um som imersivo, permitindo ao telespectador uma experiência mais envolvente na programação assistida.
Diante desses avanços, o papel do presidente Lula na decisão final do padrão da TV 3.0 é crucial para o futuro da radiodifusão no Brasil.
Por Diego Felix
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