Taxa de rotatividade dos supermercados do Rio de Janeiro em 2023 é a menor do Sudeste, aponta estudo da ASSERJ


Em 2023, a taxa de rotatividade ou turnover dos trabalhadores do setor de supermercados do estado do Rio de Janeiro atingiu 37,9%, percentual bem próximo à média da economia fluminense (37,1%). Também ficou abaixo da taxa do setor de comércio como um todo, que registrou 44,6%. A taxa de rotatividade mede o percentual dos trabalhadores substituídos em relação ao número médio de funcionários, em nível geográfico e/ou setorial, em um determinado período.
Segundo a Future Tank, consultoria econômica da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), entre 2019 e 2020, a queda nas taxas de rotatividade foi ocasionada pela manutenção das atividades do setor durante o lockdown, decorrente da pandemia. Nos anos pós-pandemia, as taxas de rotatividade voltaram a crescer.
A boa notícia é que em 2023, o turnover dos supermercados fluminenses (37,9%) foi bem inferior à média nacional do setor (58,2%). Entre os estados do Sudeste, Rio de Janeiro (37,9%) e São Paulo (52,8%) foram os únicos a registrar taxas de rotatividade inferiores à média nacional em 2023. Os resultados mais altos ficaram com Minas Gerais (68,1%) e Espírito Santo (70,1%).
Para este estudo, foram utilizados dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED e da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, do Ministério do Trabalho e Emprego.
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Em um cenário econômico desafiador, os supermercados do Rio de Janeiro se destacaram em 2023 ao apresentar uma taxa de rotatividade de trabalhadores abaixo da média nacional e dos outros estados da região Sudeste. Isso é resultado de um trabalho consistente do setor, que soube se adaptar às adversidades, principalmente durante a pandemia.
A Future Tank aponta que a continuidade das operações durante o lockdown foi fundamental para manter a estabilidade nos empregos dos supermercados fluminenses. O esforço conjunto do setor e das autoridades para garantir a segurança e o abastecimento da população contribuiu significativamente para esse desempenho positivo.
O estudo baseado em dados oficiais do CAGED e RAIS revela que, apesar dos desafios enfrentados, os supermercados do Rio de Janeiro conseguiram manter uma força de trabalho mais estável do que a média nacional e dos estados vizinhos. Isso demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação do setor em momentos críticos.
Com taxas de rotatividade mais baixas, os supermercados fluminenses se destacam como referência na região Sudeste, mostrando que é possível conciliar eficiência operacional com boas práticas de gestão de pessoas. Esse resultado positivo fortalece a imagem dos supermercados do estado e contribui para a construção de um cenário econômico mais sólido e sustentável.