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Desafios da Nova Política Industrial Brasileira
Recentemente, o Brasil tem se deparado com um importante desafio em relação à sua nova política industrial, a NIB (Nova Indústria Brasil). Esta política visa equilibrar as prioridades das indústrias já existentes com as das indústrias que ainda estão por surgir.
É crucial melhorar a competitividade das indústrias já consolidadas, mas também é necessário ter uma visão estratégica que considere as tendências tecnológicas e econômicas globais, desenvolvendo um plano para a participação do país em indústrias futuras.
O CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) tem buscado ouvir todas as partes interessadas envolvidas na política, chegando a missões e diretrizes que sejam relevantes e aceitáveis para todos os envolvidos. Um esforço louvável para garantir a legitimidade democrática da política e para ouvir aqueles que têm um conhecimento aprofundado dos desafios e necessidades da indústria.
O próximo passo crucial é desenvolver um plano para as indústrias que ainda não possuem voz ativa, que não são grandes o suficiente para fazerem suas demandas serem ouvidas. Isso demanda um grande esforço de antecipação, pensamento estratégico e disposição para correr riscos.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar das iniciativas existentes no Brasil, como o CGEE e o Observatório Nacional da Indústria da CNI, ainda falta uma integração dessas ações nos processos de formulação das políticas, o que pode gerar desequilíbrio entre as necessidades de curto prazo e as políticas voltadas para o futuro.
O sucesso da China no mercado de veículos elétricos é um exemplo claro da importância da prospecção estratégica. O governo chinês investiu significativamente em P&D de baterias de veículos elétricos, antecipando uma tendência global e garantindo competitividade no setor.
Diante desse cenário, a política industrial brasileira precisa encontrar um equilíbrio entre as prioridades atuais e as indústrias do futuro, evitando apenas investir em áreas já saturadas e buscando oportunidades em setores inovadores e emergentes.