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O ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) chamou a atenção neste sábado ao participar de convenções no interior do estado ao lado de expoentes do bolsonarismo.
Em fala para as redes sociais do Dr. Aloísio (União Brasil), Ciro atacou o PT e classificou a participação dele ao lado de desafetos políticos como um “dia histórico” para o cearense contra o PT.
“O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo. Há uma ditadura tentando ser construída”, disse Ciro.
E completou: “Tudo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contrastes, e tenho certeza que o cariri vai se levantar”.
Apesar de não citar o nome do “ditador”, Ciro tem mirado ataques ao ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
Desde 2022, quando PDT e PT romperam uma aliança de 15 anos no estado, Ciro tem feito críticas duras a Santana, a quem rotineiramente chama de traidor.
Em Juazeiro do Norte, maior cidade do Cariri e terceiro maior colégio eleitoral cearense, sua entrada no evento político ocorreu nos braços de apoiadores.
Isso aconteceu ao lado do deputado estadual Carmelo Neto (PL), um dos maiores expoentes do bolsonarismo no Ceará.
Ambos se uniram para apoiar a reeleição de Glêdson Bezerra (Podemos) no município, que oficializou sua candidatura reunindo um grupo de partidos de oposição ao PT.
Bezerra deve ter como principal adversário na disputa o deputado estadual Fernando Santana (PT), que contará com apoio do irmão de Ciro, o senador Cid Gomes (PSB).
A participação de Ciro junto Carmelo, com quem historicamente trocou farpas, foi assunto nas redes sociais.
“E eu que pensava que o fundo do poço era o limite pro Ciro Gomes, ele me aparece apoiando o Carmelo Neto, um bolsonarista cearense do nível do Zé Trovão e do Gustavo Gayer”, disse um internauta.