
Adoniran Barbosa (1910-1982) é um dos grandes nomes da música brasileira e um ícone da cultura paulistana. Mesmo sendo um paulista, é em São Paulo que sua memória é mais presente, especialmente nas ruas e locais que ele frequentava e retratava em suas canções.
O filme “Saudosa Maloca”, que estreou recentemente nos cinemas, traz à tona a importância do legado de Adoniran para as novas gerações. O diretor do longa, Pedro Serrano, destaca a relevância de resgatar a obra desse artista que soube como ninguém representar a essência da cidade em suas composições.
Apesar de sua relevância para o samba paulista, Adoniran não possui um memorial específico em São Paulo. Seus pertences e documentos estão espalhados por diferentes pontos da cidade, como a Galeria do Rock e o Boteco 28, no Farol Santander.
O filme “Saudosa Maloca” não se limita a contar a história de vida do sambista, mas sim a dramatizar as situações retratadas em suas músicas, como a especulação imobiliária e o desenvolvimento urbano. Adoniran conseguia captar a essência da cidade em suas composições, mesmo décadas atrás.
Alguns locais em São Paulo refletem o legado de Adoniran Barbosa, como o Museu Memória do Jaçanã, a Praça da Sé, o Viaduto Santa Ifigênia, o Edifício Santa Ignez, o Bar Brahma, o MUMBI – Museu Memória do Bixiga, o busto na Praça Dom Orione, a Rua Adoniran Barbosa e a Sala de teatro no Centro Cultural São Paulo.
Através desses locais, é possível entender um pouco mais sobre a vida e obra desse artista que tanto contribuiu para a música popular brasileira e para a representação da realidade urbana paulistana. Adoniran Barbosa não apenas cantou São Paulo, ele a eternizou em suas canções, fazendo parte da história e da identidade da cidade.