Instituto Estadual do Cérebro realiza pesquisa pioneira de combate ao câncer com reprodução de células vivas de tumor cerebral.


Instituto Estadual do Cérebro realiza pesquisa pioneira de combate ao câncer
A única unidade pública especializada em neurocirurgia do Brasil, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), localizado no Centro do Rio, está desenvolvendo uma pesquisa inovadora no combate ao câncer. Em parceria com a Universidade de Paris VI, na França, os especialistas do IEC estão reproduzindo células vivas de tumor cerebral para avançar nas descobertas sobre esse tipo de câncer.
Em 2024, o IEC já realizou 10 mil atendimentos a pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS), mostrando a importância e a relevância do trabalho realizado na unidade. Para ampliar suas dependências e continuar a pesquisa, o Governo do Estado destinou um investimento de R$ 20 milhões ao Instituto.
O Governador Cláudio Castro (PL) destacou a excelência do IEC e a importância dos investimentos feitos pelo Estado. Ele ressaltou a relevância das pesquisas realizadas no instituto, que não apenas beneficiam a população local, mas também ganham destaque em âmbito internacional.
Os estudos no IEC envolvem a reprodução e análise de células de glioblastoma, um câncer cerebral muito agressivo. O diretor-científico da instituição, Vivaldo Neto, explicou que ao clonar essas células vivas, é possível estudar cada parte do tumor e encontrar formas mais eficazes de combatê-lo.
Além da pesquisa com glioblastoma, o Instituto também está investigando o uso do vírus da Zika no combate a tumores, bem como a presença de microRNA em pacientes com epilepsia medicamentosa resistente.
Expansão e atendimentos
No primeiro semestre de 2024, o IEC registrou um aumento significativo no número de atendimentos. Foram realizadas 10 mil consultas ambulatoriais, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. A expansão das instalações do Instituto contribuiu para esse aumento, proporcionando equipamentos de ponta, uma nova UTI pediátrica, além de outras melhorias estruturais.
O diretor-geral do IEC, André Pinto Gil, destacou que a finalização das obras permitirá a instalação de um acelerador linear, essencial para o serviço de radioterapia. Com isso, os pacientes de oncologia poderão realizar quimioterapia e radioterapia no próprio hospital, acelerando e melhorando o tratamento.
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