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“Festa sem fim”: Dona Onete lança disco “Bagaceira” aos 85 anos, celebrando a alegria pura e desarmada em suas músicas.






Dona Onete e o universo da “Bagaceira”

Dona Onete e o universo da “Bagaceira”

Aos 85 anos, Dona Onete apresenta ao mundo o seu mais recente trabalho, o álbum “Bagaceira”. A cantora paraense explica que o termo “bagaceira” designa o fim de festa, mas não de forma pejorativa. Pelo contrário, representa um momento especial de alegria desarmada, sem regras ou etiquetas, onde a diversão é o principal foco.

O quarto disco de Dona Onete traz em suas dez músicas uma mistura de gêneros do cancioneiro paraense, como o boi, o brega, o banguê e o carimbó. As letras das músicas refletem a essência do povo paraense, mas sem perder a complexidade e a riqueza poética que caracterizam o trabalho da artista.

Em “Bagaceira”, Dona Onete mostra sua capacidade de criar um universo imagético e sonoro único, permeado por elementos culturais da região Norte do Brasil. A artista não se limita a reproduzir tradições, mas sim as reinventa e as enraíza em sua música, tornando-se uma figura de destaque no cenário musical nacional.

Em cada faixa do álbum, é possível perceber a maestria de Dona Onete em transformar simples palavras em poesia, como em “Chamego Caboclo” e “Festa no Ver-o-Peso”. Os músicos que a acompanham no disco contribuem para a consistência e autenticidade das canções, trazendo a essência do Pará para o mundo.

A sensualidade e o romantismo também marcam presença em “Bagaceira”, com músicas como “Feitiço da Lua” e “Paixão Cabocla”. A energia e a paixão de Dona Onete transbordam em cada verso, revelando a profundidade de sua conexão com a música e a cultura de sua terra.

Em suma, “Bagaceira” é mais do que um álbum de música popular, é um manifesto artístico de uma das vozes mais autênticas e representativas do Brasil. Dona Onete é muito mais do que uma “raiz” ou uma “autêntica” cantora, é uma artista completa e visionária, capaz de traduzir em melodias e letras toda a riqueza e diversidade da cultura paraense.


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