

“Combinaram de nos matar. Combinamos de não morrer.” Essas duas frases estavam em um cartaz pendurado na mesa montada no último dia 24 de maio para uma audiência pública no município de Poranga (CE), onde vivem os índios Tabajara, que estão lutando para não serem “levados” para o Piauí.
A área onde hoje está a aldeia Cajueiro, com 5 mil hectares, está no olho do furacão: poderá mudar de estado, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) acolha pedido do Piauí, que disputa desde 2011 com o Ceará a posse sobre uma área de 2,8 mil km².
O povo Tabajara está ainda no início do processo de demarcação de suas terras, que veio após uma luta que envolveu a retomada do território na primeira década do século e a consequente expulsão de fazendeiros e posseiros.