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Comemoração dos 500 anos da resistência maia em meio a críticas às celebrações da chegada dos espanhóis em cidade guatemalteca.






Comemoração dos 500 anos da resistência maia

Na cidade, os descendentes dos maias participaram de uma comemoração especial onde dançaram ao ritmo de música de marimba em volta de um círculo de fogo feito com dezenas de velas de cera de várias cores, queimando resinas de árvores.

“Estamos celebrando 500 anos de resistência. Foi uma invasão cruel e violenta”, declarou Pakal Rodríguez, membro da entidade Kaqchikel Taq Molaj, uma das organizações guatemaltecas indígenas responsáveis pela comemoração.

“Hoje não estamos festejando 500 anos, mas sim a memória de nossos antepassados; há 500 anos começou o grande massacre, a invasão desses territórios”, lamentou Marco Tulio Pichiya, da organização Ralk’wal Pa Tz’iya’, à AFP.

“O racismo, a discriminação, o genocídio e os grandes massacres não são motivo de celebração. Estamos em resistência como povos originários”, reforçou Pichiya.

Ele recordou que a cidade foi incendiada pelo conquistador espanhol Pedro de Alvarado e criticou as atividades organizadas pela Prefeitura local para comemorar a chegada dos espanhóis. “Essas atitudes, essas ações são uma vergonha”, afirmou.

Enquanto isso, Ixmukane Álvarez, da mesma entidade de Pakal, afirmou à AFP que é essencial “fazer retrospectivas da memória para agradecer e honrar a luta de nossos avós”.


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