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A verdade sobre a remuneração de profissionais de investimentos: taxa fixa ou rebate, consultor ou assessor? Descubra o que realmente importa!




Artigo sobre Investimentos

Recentemente, um investidor entrou em contato comigo para compartilhar sua insatisfação com o profissional de investimentos que o atendia. Ele questionava se alterar a forma de pagamento ou escolher um especialista de categoria diferente resolveria seus problemas. Esse dilema é recorrente entre os investidores e levanta a discussão sobre a influência da remuneração e categoria do profissional na qualidade do serviço oferecido.

É importante ressaltar que a forma de pagamento e o título do especialista não determinam a excelência do profissional. A confiança depositada, o conhecimento, o atendimento, o alinhamento e a competência são os verdadeiros pilares de um bom serviço de consultoria em investimentos. A remuneração não altera a essência do profissional. Portanto, se a confiança não está presente, pagar mais ou menos, de maneira diferente, não transformará o profissional em uma opção mais confiável, assertiva ou eficiente.

No cenário atual, duas questões permeiam as discussões entre os profissionais de investimento. Uma delas gira em torno do pagamento dos serviços por taxa fixa ou por rebate. Entender essa distinção é fundamental para os investidores.

Ao investir, é comum pagar taxas às instituições financeiras, seja por meio de corretoras ou bancos. Para auxiliar nesses investimentos, contamos com assessores e consultores, que podem ser remunerados de duas formas distintas.

Um assessor de investimentos pode receber uma parte das taxas já pagas às instituições, conhecido como rebate. Já a remuneração por taxa fixa implica em um valor predeterminado, independente dos produtos escolhidos. A escolha entre esses modelos de remuneração pode gerar diferentes impactos financeiros para o investidor.

No caso de investimentos em renda fixa, por exemplo, a taxa fixa tende a ser superior ao modelo de rebate. Em uma situação em que o assessor recebe uma taxa fixa, o cliente pode acabar pagando mais ao longo do tempo, mesmo considerando que parte da remuneração seja revertida para ele no modelo de taxa fixa.

Além dessas questões, a decisão entre escolher um consultor ou um assessor também surge como dilema para os investidores. Os papéis desses profissionais estão cada vez mais similares, o que pode gerar dúvidas na hora da escolha. Optar por um consultor, muitas vezes, implica em pagar um valor mais elevado pela prestação do serviço, em virtude da suposta independência e isenção.

Entretanto, a semelhança entre as instituições financeiras acaba desmitificando a ideia de total independência dos consultores. Muitos deles atuam com foco em uma única instituição, selecionando aquela que oferece mais vantagens operacionais ou financeiras. A complexidade de atuar em diversas instituições, mencionada como um diferencial dos consultores, nem sempre se reflete em benefícios diretos para o cliente.

Assim como escolhemos nossos médicos com base na confiança e competência, a seleção de um profissional de investimentos, seja ele um consultor ou assessor, requer os mesmos critérios. A orientação clara, a segurança nos investimentos e a transparência são fundamentais para a escolha adequada de um parceiro para a gestão do patrimônio.

Ao decidir sobre o profissional de investimentos a ser contratado, é essencial buscar alguém em quem se confie e que seja referência no mercado, proporcionando conforto e clareza nas decisões financeiras. O objetivo não é apenas encontrar o modelo de remuneração ideal, mas sim garantir a confiança plena na pessoa escolhida para gerir os investimentos.

Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, é uma referência no mercado financeiro. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail.

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