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Opas emite alerta de possível transmissão do vírus oropouche da mãe para o bebê durante a gestação em países das Américas.




Alerta da Opas sobre possível transmissão de vírus oropouche da mãe para o bebê durante a gestação

Alerta da Opas sobre possível transmissão de vírus oropouche da mãe para o bebê durante a gestação

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico nesta quinta-feira (18) informando seus estados membros sobre a identificação de possíveis casos de transmissão do vírus oropouche da mãe para o bebê durante a gestação. O alerta foi feito a partir de casos reportados no Brasil e recomenda o reforço da vigilância diante da possível ocorrência de casos similares em outros países com a circulação do oropouche e outros arbovírus.

Entre janeiro e meados de julho de 2024, cerca de 7.700 casos confirmados de oropouche foram notificados em cinco países das Américas, com o Brasil registrando o número mais alto (6.976), seguido pela Bolívia, Peru, Cuba e Colômbia. A Opas ressaltou que os casos estão sob investigação e que a identificação de suspeitas de transmissão do vírus da gestante para o bebê ocorre no contexto desse aumento de casos notificados.

Um caso recente que chamou a atenção foi o de uma gestante residente no estado de Pernambuco que apresentou sintomas de oropouche durante a 30ª semana de gestação e acabou tendo seu feto morto após confirmação laboratorial da infecção. Um segundo caso suspeito também foi notificado no mesmo estado, resultando em um aborto espontâneo.

O Ministério da Saúde brasileiro está investigando quatro casos de bebês que nasceram com microcefalia e apresentaram anticorpos do vírus. A possível transmissão vertical do vírus é uma das linhas de investigação, porém ainda não foi confirmado se a infecção durante a gestação foi a causa das malformações neurológicas nos bebês e da morte dos fetos.

A Opas publicou diretrizes nesta quarta-feira (17) para ajudar os países na detecção e vigilância do vírus oropouche ante possíveis casos de infecção materno-infantil, malformações congênitas ou morte fetal. A organização está colaborando com os países onde foram confirmados casos para compartilhar conhecimentos e experiências.

Os sintomas da doença incluem febre, cefaleia, rigidez articular, dores, fotofobia, náuseas e vômitos persistentes. O vírus oropouche é transmitido principalmente pela picada de um inseto conhecido como maruim e por espécies do mosquito culex.

É importante que gestantes sigam algumas orientações para prevenir o contágio, como evitar áreas com muitos insetos, usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas.

Continue acompanhando as atualizações sobre esse alerta e siga as orientações das autoridades de saúde para proteger a si e aos seus familiares.


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