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Lula intensifica apoio a Guilherme Boulos em convenção histórica para marcar posição nas eleições de São Paulo.




Análise da Convenção de Guilherme Boulos

Análise da Convenção de Guilherme Boulos

No último sábado (20), dois dias antes da convenção que oficializará sua candidatura a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) reuniu jornalistas para antecipar algumas de suas propostas. O evento deixou claro seu entrosamento com o PT, com destaque para a presença do presidente Lula.

Na entrevista coletiva, o presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro, fez a abertura e Boulos enfatizou que Lula estará presente de forma intensa em sua campanha. Mesmo não sendo o candidato do PT, a articulação entre Boulos e o partido de Lula é evidente, marcando a primeira eleição na cidade sem o PT liderando uma das chapas desde a redemocratização.

A convenção no Expo Center Norte, com a presença de Lula e o apoio de oito ministros, reforça a mensagem de que o ex-presidente está engajado em uma “verdadeira guerra” para combater a reeleição de Ricardo Nunes e o apoio de Jair Bolsonaro.

Essa aliança entre PSOL e PT é fruto de uma articulação iniciada por Lula em 2022, que culminou na desistência de Boulos de concorrer ao governo estadual para apoiar Haddad para a prefeitura. Com Boulos e Marta Suplicy como candidatos, Lula demonstra sua influência e estratégia política na capital.

A escolha de Marta como vice de Boulos foi uma manobra pragmática de Lula, que contou com a repatriação da ex-prefeita ao PT. Boulos, por sua vez, teve que fazer concessões para se adaptar ao perfil de um candidato mais próximo do sistema político tradicional.

A bênção de Lula a Boulos mexe com o futuro da esquerda no país, influenciando as discussões sobre renovação de quadros e os rumos políticos do presidente. As pesquisas mostram um empate técnico entre Boulos e Nunes, com a coligação “Amor por São Paulo” englobando oito partidos do campo progressista, incluindo o ingresso do PCB.

Com Lula e Bolsonaro inflando a polarização, a eleição em São Paulo se torna um terceiro turno de 2022, com repercussões nacionais. A rejeição a Lula como padrinho político é um fator a ser considerado, mas a aliança entre PSOL e PT promete desafiar as expectativas e moldar o cenário político futuro.


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