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Governo de Lula mira emendas parlamentares e ministérios para congelamento de R$ 15 bilhões em despesas, impactando obras e programas.







Artigo Jornalístico

No atual cenário político e econômico do Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como objetivo congelar R$ 15 bilhões em despesas neste ano, visando cumprir as normas do arcabouço fiscal. Entre os principais alvos dessa medida estão emendas parlamentares e ministérios que concentram obras.

A proposta de congelamento ainda está em processo de avaliação pela equipe técnica do governo. Ministérios como Cidades, Integração, Desenvolvimento Regional, e Transportes devem ser os principais afetados pelos cortes, juntamente com a pasta do Esporte. Até mesmo os Ministérios da Saúde e da Educação podem não escapar das contenções.

Um dos pontos de discussão é a inclusão do Ministério da Defesa nesses cortes, especialmente no âmbito do Programa Calha Norte, que engloba obras de infraestrutura. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, demonstrou otimismo após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas há expectativas de que novos cortes sejam realizados.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possui obras ainda não iniciadas e sem recursos empenhados, também deve ser impactado. Segundo membros da equipe econômica, o congelamento afetará projetos de infraestrutura em andamento, mantendo apenas os que estão em execução.

O bloqueio de R$ 11,2 bilhões anunciado pelo ministro Haddad, e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, são reflexos do aumento das despesas obrigatórias e da frustração de receitas no orçamento. O desafio do governo é encontrar um equilíbrio fiscal diante da projeção de déficit público para este ano.

Diante desse contexto, a equipe econômica do governo vislumbra a possibilidade de liberar recursos contingenciados em setembro, principalmente se houver avanços nas negociações sobre a desoneração da folha de salários. No entanto, a reversão do bloqueio é considerada improvável, dada a tendência de crescimento das despesas obrigatórias.

O impacto do congelamento de despesas sobre setores como Saúde e Educação é motivo de preocupação, especialmente em um momento em que a projeção de inflação foi revisada para cima. Detalhes sobre os cortes e seus efeitos devem ser divulgados no Diário Oficial da União até o final do mês.


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