China redefinindo sua estratégia

O termo “Socialismo de mercado” tem sido amplamente discutido na China, principalmente depois das reformas iniciadas em 1978. O país buscou conciliar seu sistema político com os benefícios do capitalismo. No entanto, o documento que marcou o encerramento da terceira plenária do Comitê Central pode indicar uma mudança de foco em relação ao papel do mercado na agenda nacional.

A plenária do Comitê Central, realizada a cada cinco anos, é crucial para traçar os rumos políticos e econômicos da China a médio prazo. O recente encontro destacou a importância da autossuficiência tecnológica, segurança nacional e regulação. Além disso, ressaltou a necessidade de investimento em ciência e tecnologia para impulsionar o crescimento do país.

O papel do mercado também foi discutido, com ênfase na promoção de um ambiente de negócios justo e na suspensão de restrições sem abrir mão de uma regulação eficaz. Essa abordagem contrasta com a primeira plenária comandada pelo presidente Xi Jinping em 2013, que enalteceu o “papel decisivo do mercado”.

Apesar das expectativas por medidas mais assertivas para lidar com desafios econômicos, como a queda do consumo e o desemprego, a liderança chinesa prometeu reformas fiscais e tributárias, além de mecanismos para aliviar as dívidas das províncias. O objetivo é promover um “desenvolvimento nacional de alta qualidade”, embora a implementação prática ainda gere incertezas.

O relatório final da plenária ressaltou a importância de orientar a opinião pública, implementar as ideias de Xi Jinping, reformar o setor cultural e modernizar a segurança nacional. Essas diretrizes deixam claro qual será o foco da China nos próximos anos.

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