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Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Binho do Quilombo, representante quilombola na Bahia, após investigação de quatro anos.

A Polícia Federal (PF) realizou a prisão de dois suspeitos pelo assassinato de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, na comunidade quilombola de Pitanga dos Palmares, na Bahia. A operação foi desencadeada na tarde de quarta-feira (17) e se estendeu até a manhã de quinta-feira (18).

De acordo com informações da PF, os suspeitos teriam utilizado um veículo adquirido de forma fraudulenta em nome de terceiro, além de documentos falsificados para financiamento. O número de celular de um dos investigados na época do crime estava cadastrado em nome de outra pessoa, o que dificultou as investigações no início.

Após identificar o verdadeiro usuário do celular, foram expedidos mandados de prisão contra os indiciados, resultando na operação que culminou com as detenções. A morte de Binho do Quilombo ocorreu em setembro de 2017, quando foi alvejado a tiros dentro de seu carro, próximo à sua residência em Simões Filho, Bahia.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida e as autoridades continuam as investigações. Além das prisões, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de armas e relógios de luxo pelos agentes da PF.

O assassinato de Binho do Quilombo gerou grande comoção, principalmente por se tratar de um representante ativo da comunidade quilombola. Sua mãe, Maria Bernadete Pacífico Moreira, também foi vítima de homicídio no ano anterior. Ela era líder do quilombo Pitanga dos Palmares e lutava contra a atuação de madeireiros em áreas de proteção ambiental.

A prisão dos suspeitos ocorreu quase um ano após a morte de Mãe Bernadete, que também contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministério de Direitos Humanos e da Igualdade Racial para cobrar por respostas e justiça. A TV Brasil contribuiu com informações sobre o caso.

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