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Lula e Petro cobram transparência nas eleições venezuelanas em declaração conjunta com críticas a sanções unilaterais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, divulgaram uma declaração conjunta no último sábado (24), em que reiteram a cobrança pela divulgação das atas de votação das eleições na Venezuela. Segundo o comunicado, ambos os presidentes acreditam que a credibilidade do processo eleitoral só será restabelecida com a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

A nota conjunta também menciona a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, porém, o Brasil e a Colômbia não reconhecem esse resultado. Eles continuam aguardando que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela divulgue as atas desagregadas por seção de votação.

Até o momento, os órgãos oficiais da Venezuela não apresentaram os dados por mesa de votação, o que tem gerado questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral. A oposição no país alega ter atas que apontam a vitória do opositor Edmundo González, o que intensifica a polêmica em torno do resultado divulgado.

Além disso, dentro da Venezuela, o Ministério Público abriu investigações para apurar a conduta dos opositores ao governo de Maduro, alegando suspeitas de “conspiração” contra o resultado das urnas. Já a oposição e organizações sociais denunciam prisões arbitrárias no contexto dos protestos pós-eleitorais, assim como o governo afirma que luta contra grupos criminosos que têm atacado prédios públicos, lideranças chavistas e policiais.

Na declaração conjunta, Lula e Petro pediram a todos os envolvidos que evitem recorrer a atos de violência e repressão, destacando também a oposição à imposição unilateral de sanções à Venezuela por parte de outros países. A manifestação dos presidentes ocorre após os Estados Unidos e outros 10 países da América Latina terem rejeitado a decisão do Supremo venezuelano.

Em resumo, a situação política na Venezuela continua em destaque, com pedidos de transparência no processo eleitoral e apelos à paz e ao diálogo entre as partes envolvidas. A pressão internacional e os questionamentos sobre a legitimidade do resultado das eleições permanecem como temas de discussão e preocupação.

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