As revelações feitas pelo coronel Marcelo Câmara causaram um verdadeiro furor nos bastidores políticos. Ele confirmou a entrega de dinheiro e mencionou que parte seria retida “para controle”, além de afirmar que atendia demandas da primeira-dama Michelle. Essas declarações foram feitas em um contexto de troca de mensagens com Mauro Cid, em que detalhes sobre a entrega para o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 foram discutidos.

Segundo o relatório pericial da Polícia Federal, a entrega da encomenda para Bolsonaro enquanto ele ainda estava no cargo de Presidente da República do Brasil ficou evidenciada pelas conversas entre os envolvidos. A ligação entre Samuel e a equipe do ex-presidente levanta questionamentos sobre as motivações por trás dessas transações financeiras.

Por sua vez, o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Paulo Junqueira, inicialmente corroborou os pagamentos feitos para a equipe de Bolsonaro, mas posteriormente se retratou e negou envolvimento na entrega de dinheiro. Em entrevista exclusiva ao UOL, Junqueira afirmou que cedeu um imóvel, mas não tinha conhecimento das transações financeiras. Ele insiste que qualquer entrega de valores foi mínima e unilateral, sem ligação direta com o ex-presidente.

A Polícia Federal levanta a hipótese de que as despesas do ex-presidente Bolsonaro no país foram financiadas, em parte, pela venda de joias. Os detalhes sobre a origem dos recursos utilizados para cobrir gastos pessoais do político ainda estão sendo investigados.