Convenção partidária em São Paulo é adiada após afastamento entre prefeito e presidente da Câmara
No cenário político de São Paulo, o afastamento entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil), tem gerado repercussões na estratégia do União Brasil para a eleição municipal. O partido deve adiar a decisão sobre quem apoiar até depois da convenção marcada para este sábado (20).
Diante da possibilidade de trocar Nunes por Pablo Marçal (PRTB), o União Brasil avalia as opções e mantém conversas com líderes nacionais da legenda. A reunião entre Nunes e Milton Leite, agendada para a manhã de sexta-feira (19), tem o objetivo de resolver divergências pendentes.
Aliados do prefeito demonstram otimismo, acreditando que o União Brasil, detentor de uma grande fatia do fundo eleitoral e tempo de propaganda na TV, possa integrar a coligação do MDB. Baleia Rossi, presidente do MDB, atua como intermediário nas negociações entre Nunes e Milton Leite, buscando restabelecer a parceria entre eles.
Por outro lado, Marçal acredita no apoio do União Brasil e aponta que a vinda dos integrantes do partido está próxima. No entanto, pessoas próximas a Nunes demonstram ceticismo em relação ao apoio do partido, citando questões de confiabilidade e alianças anteriores.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 5 de julho, Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) aparecem em empate técnico nas intenções de voto. Marçal e Kim Kataguiri (União Brasil) também são mencionados. A convenção do União Brasil, marcada para sábado, decidirá a qual coligação o partido irá integrar, com prazo final para o registro dos candidatos em agosto.
Os próximos passos da política em São Paulo envolvem uma série de negociações e alianças, refletindo o embate entre grupos e interesses diversos. A decisão tomada na convenção do União Brasil terá impacto nas eleições municipais e na correlação de forças entre os partidos envolvidos.
