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Enchentes causam queda histórica na atividade econômica do Rio Grande do Sul, aponta Banco Central

No Rio Grande do Sul, a economia foi duramente afetada pelas enchentes que ocorreram no estado. Em maio, a atividade econômica registrou uma queda de 9% em relação a abril, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Essa foi a maior queda desde que o indicador começou a ser divulgado em 2002. Além disso, em comparação com maio de 2023, houve um recuo de 3,9%.

A situação econômica do Rio Grande do Sul também impactou a Região Sul como um todo, que registrou uma queda de 3,3% na atividade econômica em maio em comparação com abril. Mesmo com esse cenário negativo, ainda há um crescimento de 0,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, sem ajuste.

Enquanto isso, outras regiões do país apresentaram resultados distintos. O Centro-Oeste teve um crescimento de 2,2% motivado pela safra, seguido pelo Sudeste com expansão de 0,4%. Por outro lado, o Norte e o Nordeste apresentaram encolhimento na atividade econômica, com quedas de 0,3% e 1%, respectivamente. No entanto, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a maio do ano passado.

O índice divulgado pelo Banco Central, conhecido como Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), foi um dos primeiros indicadores a mensurar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. Esse indicador serve como uma versão regional do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que estima o Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, a Receita Federal também divulgou que a arrecadação de tributos federais no estado teve uma redução de R$ 4,4 bilhões em maio em relação ao mesmo período de 2023, com ajuste pela inflação. Esse declínio na arrecadação está relacionado ao adiamento do pagamento de diversos tributos federais no estado.

Em relação aos cenários estaduais, o Banco Central apresenta o desempenho de 13 estados, onde o Pará, Ceará e Espírito Santo registraram os maiores crescimentos em maio, enquanto Santa Catarina e Minas Gerais tiveram os principais recuos. Esses dados evidenciam os desafios enfrentados pela economia do Rio Grande do Sul e as consequências das enchentes na região.

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