Netanyahu tenta fechar acordo em meio a pressões

Desde sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu manteve uma série de discussões com a equipe de negociadores responsável por tentar fechar um acordo. Netanyahu, juntamente com o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, e o ministro da Defesa, Yoav Galant, acreditam que a provável morte de Deif aumentaria as chances de um acordo.

De acordo com informações da CNN, o diretor da CIA, Bill Burns, teria afirmado em uma conferência privada no último final de semana que a agência considera o líder do Hamas em Gaza, Yahyia Sinwar, está sendo pressionado pelos demais membros de alto escalão do grupo a aceitar um acordo.

Burns também destacou que Sinwar não estaria preocupado com sua própria sobrevivência pessoal, mas sim com o crescente ressentimento da população civil palestina em relação ao Hamas, devido à devastação e ao sofrimento causados pela guerra.

Divergências internas no governo de Israel

Benny Gantz, Gadi Eisenkot e Yoav Gallant, este último ministro da Defesa, formavam uma espécie de bloco de contenção interna a Netanyahu. Gantz e Eisenkot, membros da oposição que se uniram ao governo de emergência durante a guerra, decidiram deixar a coalizão em 9 de junho. Gantz, ex-chefe do Estado-Maior do exército, acusou Netanyahu de “evitar tomar decisões importantes por priorizar questões políticas”.

Assim, restou Gallant como opositor interno relevante ao premiê, apesar de ser membro do Likud, partido de Netanyahu.

As negociações e pressões internas continuam intensas, enquanto a busca por um acordo se torna a principal pauta no cenário político e diplomático da região.