Descobrindo a origem da palavra ignorância

No cenário atual, a ignorância parece mais influente e orgulhosa do que nunca, como evidenciado pelas redes sociais. No entanto, desvendar a origem da palavra nos leva a uma jornada pelo passado.

A palavra “ignorância”, que significa “estado daquele que não tem conhecimento, cultura, devido à falta de estudo, experiência ou prática”, chegou ao português no século 14, derivada do latim “ignorantia”. O prefixo indica negação, enquanto o elemento “gno”, que remonta à pré-história, significa conhecer.

Linguistas identificaram o “gno” em diversas línguas, sugerindo a existência de uma língua primordial, o protoindo-europeu, do qual várias línguas modernas descendem. O desenvolvimento do método histórico-comparativo entre os séculos 18 e 19 foi crucial para essa descoberta.

O autor Caetano Galindo explora essa fascinante jornada no livro “Latim em Pó”, tornando compreensível o complexo processo. Palavras como cognição, prognóstico e diagnóstico revelam a presença do “gno” na língua portuguesa, com raízes gregas ou romanas.

Apesar de o “gno” estar presente em diversas palavras como “know” em inglês, proveniente do germânico, às vezes ele se disfarça. Em casos como nobre (de “nobilis”) e notícia, o ancestral “gno” aparece de forma menos evidente.

A tradução robótica na imprensa é uma realidade irreversível, mas não podemos ignorar o impacto negativo que ela causa na linguagem e na sociedade. É importante preservar a riqueza da linguagem e evitar que a degradação se espalhe ainda mais.

Em resumo, compreender a origem da palavra “ignorância” nos leva a uma viagem no tempo, revelando conexões linguísticas surpreendentes e a importância de preservar o significado e a riqueza das palavras em nossa sociedade.