Ministro critica interrupção na queda de juros em momento de crescimento do emprego e alerta para impacto das enchentes no RS

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez declarações contundentes nesta quarta-feira (29) em relação à política de corte de juros adotada pelo Banco Central (BC) e aos indicadores positivos de geração de empregos no país. Marinho destacou que os dados favoráveis de emprego não devem ser usados como argumento para interromper a redução da taxa Selic, que ainda está em patamares elevados.

Durante uma entrevista para comentar os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), Marinho enfatizou que os salários ainda estão baixos e que a redução dos juros precisa continuar. Ele ressaltou a importância de que 2024 termine com a taxa de juros em patamares inferiores a dois dígitos.

Os números divulgados mostram um saldo positivo de mais de 200 mil empregos com carteira assinada em abril, e um acumulado de quase um milhão de postos de trabalho no ano. Marinho alertou para a necessidade de manter a trajetória de queda dos juros reais no país, mesmo diante dos bons resultados no mercado de trabalho.

O ministro também comentou sobre os impactos das recentes enchentes no Rio Grande do Sul, destacando que as medidas governamentais estão sendo tomadas para reestabelecer a normalidade na vida das pessoas e das empresas afetadas. Ele ressaltou que, após a desobstrução total das áreas atingidas, será possível avaliar o verdadeiro impacto das catástrofes nas economias locais.

Marinho estimou que a reconstrução e recuperação das áreas afetadas pelas enchentes terão reflexos positivos em setores como a indústria, construção civil e comércio de materiais de construção. Ele mencionou a necessidade de reconstruir habitações, escolas, unidades de saúde, estradas e pontes, o que deve gerar empregos e movimentar a economia nos próximos meses.

Diante desse cenário, o ministro reforçou a importância de manter as políticas de estímulo ao emprego e ao crescimento econômico, ressaltando a necessidade de continuidade na redução dos juros para impulsionar a atividade produtiva e melhorar as condições de vida da população brasileira. Em um momento de desafios e oportunidades, é essencial que as medidas adotadas estejam alinhadas com as demandas e necessidades do país.