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Contaminação do terreno do Gasômetro do Rio preocupa especialistas e impacta futuro estádio do Flamengo

Contaminação do solo no terreno do Gasômetro preocupa especialistas

Vista aérea do terreno do Gasômetro onde o Flamengo deseja erguer seu estádio – Foto: Prefeitura do Rio

No decorrer da última semana, uma matéria publicada pelo DIÁRIO DO RIO levantou preocupações acerca da contaminação do solo existente no terreno do Gasômetro, na cidade do Rio de Janeiro. Especialistas foram consultados para analisar as consequências desse cenário.

De acordo com Felipe Caixeta, cineasta e jornalista com vasta experiência na cobertura de questões ambientais, a contaminação do solo nesse local pode trazer impactos diretos para os trabalhadores da futura obra. “Quem for realizar operações de terraplanagem e movimentar terra ficará exposto a riscos de doenças. O terreno também sofre influência das plumas de contaminação provenientes da antiga refinaria de Manguinhos, contendo substâncias prejudiciais como pops, benzeno e tolueno. Escavar um poço nessa região poderia resultar no afloramento de óleo e dispersão de poeira tóxica, afetando os bairros vizinhos”, alertou o especialista.

Roberto Bastos Rocha, arquiteto e membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente, destacou a importância de um diagnóstico atualizado da área para definir os níveis de descontaminação necessários. Ele ressaltou que a segurança e saúde dos futuros usuários, trabalhadores da construção e comunidades ao redor devem ser priorizadas, indicando que um planejamento detalhado de descontaminação é essencial para qualquer empreendimento a ser realizado no local.

O professor Carlos Augusto Arentz Pereira, especialista em engenharia sanitária e meio ambiente da UERJ, explicou que o terreno do antigo Gasômetro apresenta resquícios de atividades industriais realizadas por mais de 100 anos, resultando em altos níveis de contaminação por substâncias nocivas. Ele destacou a necessidade de uma descontaminação rigorosa para garantir a utilização segura do espaço, de acordo com normas nacionais e internacionais.

Diante dessas análises, fica evidente a urgência de medidas preventivas e de descontaminação para viabilizar a construção do estádio de futebol almejado pelo Flamengo, sem comprometer a saúde das pessoas e o meio ambiente.

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