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Indígenas guarani-kaiowá são alvos de tiros em retomadas de territórios tradicionais em Mato Grosso do Sul




Conflitos entre indígenas e fazendeiros em MS, PR e RS

Conflitos entre indígenas e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul

No último fim de semana, indígenas guarani-kaiowá foram alvos de tiros nos municípios de Douradina e Caarapó, em Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, os ataques ocorreram durante a retomada de territórios tradicionalmente ocupados pelos indígenas.

No sábado, um grupo de dez indígenas foi atacado por cerca de 50 homens armados em Douradina. No domingo, os indígenas foram alvos de tiros em Caarapó, resultando em pelo menos duas pessoas baleadas, incluindo um cacique de 52 anos.

A Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica em Douradina e a TI Amambaipegua I em Caarapó estão envolvidas nos conflitos. A Funai delimitou essas terras em 2011 e 2016, respectivamente, mas a demarcação tem sido impedida por ações judiciais.

Além disso, no Paraná e no Rio Grande do Sul, outros episódios de conflitos de terra foram registrados. No oeste do Paraná, indígenas avá guarani estão sendo alvos de ataques enquanto tentam retomar territórios em Terra Roxa. No Rio Grande do Sul, indígenas no município de Pontão foram alvejados por tiros e tiveram um veículo incendiado.

A situação é preocupante e levou o Ministério dos Povos Indígenas a iniciar um trabalho de mediação dos conflitos em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A instabilidade causada pela lei do marco temporal e outras medidas legais têm gerado incerteza jurídica e violência contra os povos indígenas.

O Conselho Indigenista Missionário também denuncia a naturalização da violência contra as comunidades indígenas e a impunidade dos agressores. É necessário um esforço conjunto para garantir a segurança e os direitos dos indígenas em todo o país.


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