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Escândalo da Abin: Ramagem protegia Bolsonaro com suspeita de “Abin paralela” para espionar adversários do ex-presidente.





Artigo Jornalístico

Naquela data, Ramagem era diretor da Abin e falou que estava protegendo Bolsonaro. “A gravação tinha o objetivo de registrar um possível crime contra o presidente da República.”

Mas, diferentemente do previsto por Ramagem, não houve flagrante de nenhum delito. Ele publicou um vídeo no X contando que a gravação foi descartada. Ocorre que a Polícia Federal encontrou um arquivo da reunião no computador do ex-diretor da Abin.

O ex-governador Wilson Witzel negou que tenha oferecido blindagem em troca de uma vaga no STF. Em postagem no X, ele afirmou que Bolsonaro mencionou uma vaga que não existe, disse que a PF e a Abin da época tentaram blindar Flávio Bolsonaro e falou que o ex-presidente sofre de “confusão mental”.

Suspeita de Abin paralela

A gravação foi conhecida hoje à tarde, quando o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo de uma investigação da PF. Existe a suspeita de que Ramagem comandava a chamada “Abin paralela”. Ela consistiria numa rede de agentes que protegeriam Bolsonaro e seus aliados e espionaria adversários do ex-presidente.


Na tarde do último dia, um escândalo envolvendo o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem, veio à tona. Ramagem afirmou que a gravação de uma reunião tinha o intuito de registrar um possível crime contra o presidente Jair Bolsonaro, que, na época, ele dizia estar protegendo. No entanto, contrariando as expectativas de Ramagem, nenhum delito foi flagrado na gravação, que acabou sendo descartada.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, negou veementemente ter oferecido qualquer tipo de blindagem em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Witzel, o presidente Bolsonaro teria mencionado uma suposta vaga inexistente, enquanto a Polícia Federal e a Abin da época teriam tentado blindar Flávio Bolsonaro. Além disso, o ex-governador afirmou que o ex-presidente sofre de “confusão mental”.

O ministro Alexandre de Moraes revelou que a gravação da reunião veio à tona quando ele levantou o sigilo de uma investigação da Polícia Federal. Há uma suspeita de que Ramagem estaria à frente de uma suposta “Abin paralela”, uma rede de agentes que teriam como objetivo proteger Bolsonaro e seus aliados, ao mesmo tempo em que espionavam adversários políticos do ex-presidente.

Essas revelações trazem à tona questões importantes sobre o uso da inteligência e o papel das agências de segurança do país. A investigação em curso certamente trará mais detalhes sobre o envolvimento de Ramagem e outros agentes nos supostos planos de proteção e espionagem políticas.

Esse escândalo promete agitar os bastidores do poder e levantar debates sobre os limites da atuação das agências de inteligência no Brasil.

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