Economia cubana enfrenta resistência à redução da inflação e queda de 1,9% do PIB em 2023, diz ministro.

O Ministro da Economia de Cuba, Alejandro Alonso, concedeu uma entrevista coletiva recentemente para discutir a situação econômica do país. De acordo com ele, a inflação em Cuba demonstrou uma tendência de desaceleração desde 2023, porém ainda apresenta resistência à redução, permanecendo em torno de 30%. Essa informação é relevante diante do cenário de incerteza econômica mundial.

Alonso também abordou o desempenho econômico de Cuba ao longo dos últimos anos. Em 2022, a economia cubana registrou um crescimento de 1,8%, após uma queda significativa de 10,9% do PIB em 2020, decorrente do impacto da pandemia de coronavírus. No ano seguinte, houve uma leve recuperação de 1,3%, demonstrando uma trajetória de recuperação gradual.

Contudo, o ministro destacou que em 2023 a economia cubana contraiu 1,9%, o que se aproxima das projeções de seu antecessor, Alejandro Gil, destituído em fevereiro. Gil havia previsto um crescimento de 2% e admitiu que não seria possível cumprir a meta inicial de 3% estabelecida anteriormente.

Uma questão preocupante levantada por Alonso é a queda na produção de setores chave da economia cubana, como níquel, açúcar, mel e rum. O ministro enfatizou que as receitas provenientes desses produtos não alcançaram as expectativas previstas, refletindo em um déficit de 222 milhões de dólares em relação ao planejado para o primeiro semestre do ano.

O turismo, uma atividade fundamental para a ilha, também foi tema de discussão na entrevista. Apesar de registrar um crescimento de 1,8% em 2023, o número de visitantes ainda representa apenas 85% da meta estabelecida e pouco mais da metade do registrado em 2019, antes da pandemia.

Diante desses desafios econômicos, Cuba enfrenta um cenário complexo e incerto, que demanda medidas estratégicas para impulsionar o crescimento e a estabilidade financeira do país.

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