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Arco do Teles, onde viveu Carmem Miranda, enfrenta problemas graves de conservação: novo desabamento não recebe intervenções imediatas.







Desabamento na casa de Carmem Miranda revela falta de intervenções imediatas

Desabamento na casa de Carmem Miranda revela falta de intervenções imediatas

O imóvel histórico onde viveu a cantora Carmem Miranda, localizado na Travessa do Comércio, conhecido como Arco do Teles, no Centro do Rio, continua a enfrentar sérios problemas de conservação e manutenção, sem receber intervenções dos órgãos competentes, mesmo após novos incidentes. Recentemente, fotos enviadas à redação do DIÁRIO DO RIO mostram uma nova queda na parte da frente do telhado da construção centenária. Esse é o segundo desabamento em menos de um mês, após o primeiro ocorrido em 25 de julho. Apesar das promessas da Defesa Civil de escorar a cobertura para evitar mais danos, nenhuma ação efetiva foi tomada até o momento.

O imóvel, de propriedade da empresa imobiliária Arilucas, pertencente ao advogado Alexandre Barreira, foi adquirido em 2011 por cerca de R$ 1,1 milhão. Após mais de uma década de abandono e negligência, o prédio estaria em processo de arrecadação pela Prefeitura, de acordo com apurações do DIÁRIO DO RIO. Um processo iniciado pela Subprefeitura do Centro estaria atualmente parado na SMDEIS (Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação Social).

No primeiro incidente, ocorrido em junho, a Defesa Civil interditou o local, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou uma vistoria. A região do Arco do Teles, integrante do conjunto tombado nacional da Praça XV, é reconhecida como um polo cultural e gastronômico no Centro do Rio, recentemente revitalizada com inaugurações de diversos novos estabelecimentos.

Em nota, o Iphan afirmou que notificou o proprietário a executar as ações de correção necessárias para sanar os riscos estruturais. O Instituto também informou o ocorrido ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), pois o edifício encontra-se em uma Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), e comunicou à Subprefeitura do Centro e à Defesa Civil, que realizou o isolamento do local. O Iphan não recebeu nenhum relatório referente à situação interna do local e enfatiza que não cabe ao Instituto fazer intervenções materiais no bem tombado. Ressaltou ainda que a conservação dos bens tombados é de responsabilidade de seus proprietários. Cabe ao detentor do prédio fazer as propostas de restauração, que precisam ser analisadas e aprovadas pelo Instituto.

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