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População do extremo leste de São Paulo enfrenta longas espera por atendimento médico nas unidades de saúde municipais.

Demora no pronto-atendimento na zona leste de São Paulo preocupa moradores

A demora no pronto-atendimento também é uma dificuldade citada por quem vive no extremo leste. Na UPA 26 de Agosto, em Itaquera, os pacientes afirmam que já esperaram por mais de 12 horas para serem atendidos. A reportagem esteve na unidade na manhã da última quinta-feira (11) e todas as áreas de espera — triagem, consultório e medicação — estavam lotadas. O cenário de superlotação e demora para agendar consultas se repete nas unidades do Jardim Romano, São Miguel, Jardim Helena e Itaim Paulista.

Para Vânia de Oliveira, 41, que mora no Jardim Maia, próximo ao distrito de São Miguel Paulista, falta fiscalização da prefeitura. A maior parte das unidades da saúde é administrada por OSSs (organizações sociais de saúde). “Não dá para se programar para uma consulta, porque a vaga que você consegue é para o mesmo dia”, disse.

O aposentado Merquizedeque Alves, 67, diz aguardar há cinco anos uma vaga para operar a próstata. “O médico pede o exame, mas demora para ter data para fazer o exame. Quando eu consigo, não tem data para consulta e quando chega, o exame já perdeu a validade”, conta.

Nas redes sociais, em anúncios da saúde na região leste, os moradores criticam a gestão municipal. “Colocar placa de anúncio de obras em ano eleitoral é fácil”, escreveu uma pessoa em publicação sobre o início das obras da UPA Itaquera.

Muitas vezes só somos atendidos com rapidez quando tem barraco. Aqui na zona leste tá bem escasso essa questão de UPA, AMA. A zona leste tá abandonada.
Thiago Vinicius Ribeiro, marceneiro

O povo não tem dinheiro para ir para um médico particular e está muito difícil essa demora no atendimento e um atendimento ruim, que os funcionários não falam direito com ninguém também.
Manoel Paulo de Souza Filho, aposentado

A situação de espera e falta de atendimento nas unidades de saúde da zona leste de São Paulo preocupa os moradores. Em diversas localidades, como Itaquera, Jardim Romano, São Miguel, Jardim Helena e Itaim Paulista, a demora para receber atendimento médico é uma realidade enfrentada diariamente. Segundo relatos, pacientes chegam a aguardar mais de 12 horas para serem atendidos, gerando frustração e insatisfação.

Vânia de Oliveira, moradora do Jardim Maia, aponta a falta de fiscalização da prefeitura como um dos principais problemas. Muitas vezes, a marcação de consultas é feita apenas para o mesmo dia, impossibilitando o planejamento dos pacientes. Já o aposentado Merquizedeque Alves relata sua luta de cinco anos para conseguir uma vaga para operar a próstata, enfrentando dificuldades com a marcação de exames e consultas.

Nas redes sociais, a população critica a gestão municipal e denuncia a falta de estrutura e preparo das unidades de saúde na região leste. A escassez de atendimento rápido e eficiente é um dos principais pontos levantados pelos moradores, que se sentem abandonados pelas autoridades responsáveis.

Em meio a essas dificuldades, os moradores clamam por uma solução urgente para o problema, alertando que a situação na zona leste está cada vez mais crítica. A espera por atendimento médico de qualidade e a falta de estrutura adequada nas unidades de saúde são questões que precisam ser endereçadas com urgência pelas autoridades competentes.

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