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Mães lutam por acesso correto à dieta enteral fornecida pela Prefeitura de São Paulo em meio a desafios e descumprimentos.






Reportagem sobre dificuldades no acesso a dieta enteral em São Paulo

Reportagem sobre dificuldades no acesso a dieta enteral em São Paulo

A história de Débora Medeiros é um exemplo das dificuldades enfrentadas por mães que precisam garantir o acesso à dieta enteral para seus filhos com necessidades especiais. Débora, aos 44 anos, descobriu sua gravidez durante um exame admissional e logo após o nascimento prematuro de Pedro Henrique, recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral e deficiência intelectual para o filho.

Essa descoberta fez com que Débora deixasse seu emprego como babá para se dedicar integralmente ao cuidado de Pedro. Entretanto, o acesso à dieta enteral adequada para o menino tem sido um desafio constante. Mesmo com programas de assistência social que disponibilizam as latas de alimentação, Débora enfrenta dificuldades como a entrega de dietas com sabores inadequados e a falta de insumos fundamentais como seringas.

A situação de Débora não é única. Outras mães, como Natália Alves e Kamila Linhares, também relatam obstáculos na obtenção adequada de dieta enteral para seus filhos. É um ciclo de dificuldades que envolve desde a prescrição médica até a retirada dos insumos, passando pela falta de quantidades corretas e formulações adequadas.

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo tem sido acionada por essas mães para garantir o cumprimento das determinações judiciais que asseguram o fornecimento da dieta enteral correta. No entanto, muitas vezes, a prefeitura não cumpre com suas obrigações, o que gera processos prolongados e incertezas sobre a nutrição adequada das crianças.

Em resposta, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo explicou que os insumos para dieta enteral são adquiridos por meio de processo licitatório e seguindo as prescrições médicas. A pasta afirmou também que qualquer irregularidade nos insumos deve ser comunicada para que as devidas correções sejam feitas.

As histórias de Débora, Natália, Kamila e seus filhos evidenciam a importância de um sistema eficiente e sensível para garantir a alimentação adequada de crianças com necessidades especiais. A luta dessas mães não é apenas individual, mas um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitas famílias que dependem do suporte público para cuidar de seus filhos com segurança e dignidade.

Por: Equipe de Reportagem


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