Jornalista e escritor Sérgio Cabral falece aos 87 anos no Rio de Janeiro, deixando legado no jornalismo, política e música brasileira.
Nascido no bairro de Cascadura, na zona norte do Rio de Janeiro, Cabral era conhecido por sua paixão pelo Vasco e pela música popular brasileira. Ao longo de sua carreira, ele se dedicou a pesquisas sobre esses temas, resultando em diversas obras, incluindo biografias de ícones como Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão e Eliseth Cardoso. Em 1998, ele foi responsável pelo Livro Oficial do Centenário do Club de Regatas Vasco da Gama.
Além de sua carreira literária, Cabral deixou sua marca no jornalismo, tendo iniciado sua trajetória aos 20 anos no Diário da Noite. Ele atuou como repórter, redator, cronista, editor e comentarista esportivo e musical em diversos veículos e emissoras de televisão. Sua coragem ao integrar a equipe do jornal O Pasquim, um dos principais símbolos da resistência à ditadura militar, o levou a ser preso em defesa da liberdade de expressão.
Na esfera política, Cabral exerceu três mandatos como vereador do Rio de Janeiro, além de ter ocupado o cargo de Secretário Municipal de Esportes e Lazer na década de 1980. Sua atuação como conselheiro do Tribunal de Contas do Município foi marcada pela dedicação ao serviço público e pela defesa da ética e transparência.
Além de sua relevância no jornalismo e na política, Cabral também deixou sua marca como compositor, sendo autor de canções memoráveis, como “Os Meninos da Mangueira”, em parceria com Rildo Hora. Seu legado artístico e intelectual permanecerá vivo na cultura brasileira, inspirando gerações futuras a valorizarem a música, o esporte e a história do país. Ainda não há informações sobre o velório e o enterro do grande mestre Sérgio Cabral.
