Ministério da Saúde recomenda vigilância contra transmissão vertical do vírus Oropouche em gestantes e recém-nascidos
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De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão vertical significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas ainda não é possível afirmar se há relação direta entre a infecção e o óbito ou as malformações neurológicas. Por isso, a pasta orienta que se intensifique a vigilância nos meses finais da gestação e no acompanhamento dos recém-nascidos de mulheres que tiveram infecções por outros vírus, como dengue, Zika, Chikungunya ou febre de Oropouche.
Além disso, o Ministério recomenda a coleta de amostras, o preenchimento da ficha de notificação, alertas à população sobre medidas de proteção a gestantes, como evitar áreas com a presença de mosquitos, instalar telas em portas e janelas, usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente.
O serviço de detecção de casos de Oropouche foi expandido para todo o país em 2023, após a disponibilização de testes diagnósticos em toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública. Anteriormente concentrados na Região Norte, os casos passaram a ser identificados em outras regiões do país.
A febre Oropouche é causada pelo arbovírus Oropoucheense e seus sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, tontura, entre outros. Não há tratamento específico para a doença, apenas medidas de prevenção contra os mosquitos transmissores. Desde sua identificação no Brasil em 1960, foram confirmados 7.044 casos da doença em 16 estados do país, reforçando a importância da vigilância epidemiológica para proteger gestantes e recém-nascidos.