Mercosul celebra 64ª cúpula com destaque para incorporação da Bolívia e mudança na presidência em Assunção, Paraguai

A expectativa é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça declarações à imprensa após o encontro, antes de seguir viagem para a Bolívia. Lá, ele pretende reiterar seu apoio ao presidente boliviano, Luiz Arce, que recentemente conseguiu conter uma tentativa de golpe contra seu governo.
No domingo (7), os chanceleres dos países membros do Mercosul se reuniram e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou que “a democracia venceu” ao comentar a situação na Bolívia. Lula pretende reforçar essa mensagem durante sua estadia no país.
Uma ausência marcante nesta cúpula é a do presidente da Argentina, Javier Milei, que decidiu não comparecer ao encontro. Essa é a primeira vez na história do Mercosul que um chefe de Estado falta a uma reunião do bloco, segundo informações do Itamaraty.
Durante a presidência do Paraguai, um dos destaques foi a assinatura de um acordo com Singapura, que representa uma quebra de dez anos sem avanços nas negociações para expandir o comércio do bloco para novas regiões.
Apesar da ausência de Milei, a chanceler da Argentina, Diana Mondino, reafirmou o compromisso de seu país com o Mercosul, destacando-o como o principal destino das exportações argentinas. Já o chanceler uruguaio, Omar Paganini, elogiou o Paraguai por iniciar as negociações de acordos do Mercosul com os Emirados Árabes Unidos, indicando o possível foco do Uruguai durante sua presidência pro tempore do bloco.
Paganini ressaltou a importância de buscar medidas para promover a integração entre os países membros, não apenas em termos tarifários, mas também em questões administrativas, financeiras e cambiais. Esses esforços visam fortalecer o Mercosul como um bloco econômico e político na região sul-americana.