Apoio do “Squad” a Biden na corrida presidencial: uma reviravolta surpreendente

No mês de fevereiro, em meio aos conflitos em Gaza, a representante Ilhan Omar acusou o presidente Joe Biden de autorizar o massacre de palestinos. Entretanto, nos últimos dias, em meio à luta pela candidatura de Biden, membros do “Squad” têm se mostrado como defensores vigorosos do presidente.

Em diversas entrevistas, Omar elogiou Biden como o melhor presidente de sua vida e instou os colegas democratas a apoiarem e impulsionarem o líder até a linha de chegada em novembro. Alexandria Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley e outros membros do grupo também declararam seu apoio a Biden e reforçaram sua candidatura.

Apesar do apoio unânime do “Squad” a Biden, alguns integrantes, como Rashida Tlaib, criticaram publicamente o presidente em relação à guerra em Gaza, destacando divisões dentro do próprio partido. Tlaib, que instou os democratas de Michigan a votarem contra Biden na primária, expôs as complexidades na relação entre progressistas e o atual governo.

Para muitos observadores, a mudança de tom do “Squad” em relação a Biden foi surpreendente. A possibilidade de uma futura presidência de Trump e influências de doadores endinheirados são questões que pairam sobre o apoio contínuo do grupo a Biden.

Apesar das divergências e críticas pontuais, os progressistas destacam que a relação com a Casa Branca tem sido produtiva, especialmente sob a liderança de Ron Klain como chefe de gabinete. A questão sensível em relação à guerra em Gaza, no entanto, ainda tensiona a relação entre os progressistas e o presidente.

Em meio a um cenário político complexo, o apoio do “Squad” a Biden na corrida presidencial reflete as diferentes nuances e desafios do campo progressista no atual contexto político dos Estados Unidos. Ao manterem-se próximos do presidente, os membros do grupo buscam equilibrar posicionamentos políticos e cálculos eleitorais em um momento crucial para o futuro do partido democrata.