Abin de volta aos tempos da ditadura: espionagem ilegal, censura e ameaças de morte no governo Bolsonaro – Investigação em curso.

No governo Bolsonaro, a sombra da ditadura paira sobre a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob o comando de Alexandre Ramagem, que lembra os tempos sombrios da perseguição política e do autoritarismo. O órgão, outrora voltado para a inteligência do país, foi utilizado para monitorar adversários políticos, membros do STF e até mesmo aliados, como o presidente da Câmara, Arthur Lira.

A atuação da Abin em apoio ao filho do ex-presidente, Flavio Bolsonaro, em meio ao escândalo da “rachadinha”, revela um uso ilegal e abusivo da agência para proteger os interesses da família do presidente. A espionagem clandestina e as ações antiéticas revelam um desvio de finalidade grave por parte do órgão de inteligência.

A investigação conduzida pela Polícia Federal mostrou que grupos dentro da Abin se organizaram para vigiar clandestinamente pessoas e autoridades, indo além dos limites legais e éticos. Termos como “tiro na cabeça” em referência ao ministro Alexandre Moraes denotam uma mentalidade obscura e violenta que não deve ter espaço em uma democracia.

É evidente que figuras como Bolsonaro, Ramagem e seus apoiadores têm dificuldade em respeitar o Estado Democrático de Direito, buscando perpetuar práticas autoritárias e criminosas. O PSOL já tomou medidas legais contra Ramagem, e é fundamental que a justiça seja feita e que essas práticas abusivas sejam punidas com rigor.

A história nos mostra que a ditadura, a espionagem e a tortura não têm lugar em uma sociedade democrática. As ramificações sombrias de Ramagem e sua turma precisam ser cortadas pela raiz, garantindo a preservação dos valores democráticos e da transparência no serviço público.

*Chico Alencar é escritor, professor de História e deputado federal pelo PSOL-RJ