
É uma coisa absolutamente ridícula. É tudo mequetrefe. Tudo mixuruca. Quando você pega as pessoas investigadas, você não consegue estabelecer nenhuma linha de coerência.
‘Gabinete do ódio’
A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão contra pessoas ligadas ao “gabinete do ódio”. As investigações apontam que esse grupo, composto por assessores de comunicação do clã Bolsonaro, recebeu ajuda clandestina de membros da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para divulgar notícias falsas sobre membros dos Três Poderes e jornalistas.
O “gabinete do ódio” teria funcionado desde a campanha de Bolsonaro à Presidência, em 2018. A expressão, que veio a público no ano seguinte, ficou conhecida durante a CPMI das Fake News. A ex-deputada Joice Hasselmann (Podemos-SP), já rompida com Bolsonaro à época, afirmou em depoimento que o Planalto tinha uma estrutura de comunicação para atacar opositores na internet.
Três inquéritos no STF tratam do “gabinete do ódio”, mas nenhum resultou em processos criminais até o momento. A atuação do grupo é investigada desde 2019, no chamado inquérito das fake news, e também já foi alvo nos inquéritos dos atos antidemocráticos e no das milícias digitais. Nenhuma dessas investigações foi encerrada até agora.
As investigações sobre o “gabinete do ódio” correm no Supremo há mais de 5 anos. O inquérito das fake news, que abriga a operação da PF deflagrada hoje, está em andamento e segue em sigilo desde março de 2019, o que é alvo de críticas da oposição.