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Montanhista desaparecido era reservado e especialista em cultura Inca; família faz vaquinha para resgate no Peru.

Não se comunicar durante prática era comum

Segundo informações de Yago, era comum a atitude de Marcelo de não se comunicar com outras pessoas durante suas práticas de montanhismo. “Ele não se comunicava quando subia a montanha. Só dava pra saber os pontos pelo GPS. Descobrimos, no dia do acidente, pela namorada, que percebeu a perda de sinal do GPS. Desde o dia 30 não funcionava mais e ela nos avisou na quarta (3)”, relatou.

Resgate e vaquinha para trazer Marcelo de volta para Juiz de Fora

Para recuperar o corpo de Marcelo e trazê-lo de volta para sua cidade natal, Juiz de Fora (MG), a família organizou uma vaquinha, que segundo Yago, já foi utilizada. “A vaquinha era para contratar um resgate privado, pois a polícia não estava preparada para chegar rapidamente ao local. Os resgatistas foram antes mesmo de receberem o pagamento. O valor foi utilizado para o socorro e agora para os trâmites necessários para comprovar o óbito”, explicou o sobrinho.

Perfil de Marcelo: reservado e culto

Yago descreveu Marcelo como uma pessoa reservada, que não falava muito sobre sua vida pessoal, mas extremamente culto. “Tinha uma namorada argentina e era extremamente culto. Lia muito, era um especialista em cultura Inca/Andina, sabia muito sobre arqueologia, Amazônia e montanhismo. Não sabemos muitos detalhes dele pois ele era uma pessoa reservada. Ele não gostava de chamar a atenção”, contou.

Carreira e paixão pelo montanhismo

Antes de se dedicar totalmente ao montanhismo, Marcelo trabalhava na área de Tecnologia da Informação. Ele largou a profissão para se tornar guia de montanha, conforme relatado por seu sobrinho. Yago também mencionou o site ‘Espírito Livre’, dedicado ao montanhismo, que Marcelo mantinha e onde compartilhava análises sobre diversos locais de montanha.

Assistência do Ministério das Relações Exteriores

Em nota enviada ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que está prestando assistência à família de Marcelo. “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil no Peru, tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os familiares do cidadão brasileiro para prestar a assistência consular cabível”, informou.

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