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Golpe contra a democracia: a corrosão silenciosa da estrutura enquanto o governo avança em sua agenda autoritária e anticonstitucional.

Democracia em risco: o perigo invisível que se tornou real

O governo, enquanto a estrutura pouco visível era corroída, fechou o espaço cívico, desmontou conselhos para a participação da sociedade civil, atacou ativistas e tentou deslegitimar a imprensa profissional, incentivando a violência contra qualquer ator que significasse um controle externo ao seu governo.

Essa estratégia não é única. Pelo mundo, vemos líderes chegarem ao poder utilizando as armas da democracia e, uma vez no comando, corromperem e usarem o estado para desmontar garantias constitucionais. Movimentos dispostos a moderar o discurso, usar gravata e evitar palavrões têm se mostrado prontos para implantar agendas autoritárias.

Ao achar que a moderação pode vir de uma simples mudança de discursos, ignora-se o verdadeiro propósito desses movimentos políticos uma vez que estão no poder, destacando a necessidade de atenção constante para preservar as bases da democracia. A “Abin paralela” é um alerta claro dos riscos de se normalizar ações que ameacem a democracia e seus princípios.

Embora a ruptura institucional tenha sido evitada no início de 2023, a realidade é que um golpe de estado em câmara lenta vinha ocorrendo ao longo dos anos sob a gestão de Bolsonaro. Não há garantias de que, uma vez de volta ao poder, essa operação não seja retomada, possivelmente de forma irreversível.

É crucial reconhecer que o golpe contra a democracia era uma ameaça real e estava em progresso. O risco de retrocesso democrático não pode ser subestimado, e a vigilância constante é essencial para preservar as bases democráticas de nossa sociedade.

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