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Aumento alarmante: Mais de 300 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil, aponta levantamento do OBPopRua/POLOS-UFMG

Houve um aumento significativo no número de pessoas em situação de rua no Brasil, de acordo com um levantamento realizado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG). Os dados mostram que atualmente 300.868 pessoas vivem nas ruas do país, um aumento considerável em relação aos 242.756 registrados em dezembro de 2023.

O estado de São Paulo é o mais afetado, com 126.112 pessoas em situação de rua, sendo que apenas na capital paulista existem 80.369 moradores vivendo em condições precárias. Esses números representam um aumento de quase 24% comparado ao ano anterior. Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, afirmou que a falta de políticas públicas adequadas está resultando em um aumento do número de pessoas vivendo nas ruas, sobretudo na região central da capital.

Segundo o estudo, o aumento no número de pessoas em situação de rua está relacionado à falta de políticas públicas voltadas para essa população, como moradia, trabalho e educação. O Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) aponta que a maioria dessas pessoas é negra (69%), do sexo masculino (85%) e está na faixa etária entre 18 e 59 anos (87%), sobrevivendo com até R$ 109 por mês (85%).

A prefeitura de São Paulo contestou os dados apresentados pelo observatório da UFMG, citando o Censo População em Situação de Rua realizado pelo município em 2021. De acordo com a prefeitura, investimentos significativos têm sido feitos para atender a essa população, com a criação de aproximadamente 12 mil novas vagas de acolhimento nos últimos quatro anos.

Diante desse cenário, a necessidade de políticas públicas eficazes e um maior investimento na assistência à população em situação de rua torna-se evidente. O desafio é garantir que essas pessoas tenham acesso não apenas a abrigo, mas também a serviços que possam ajudá-las a superar a vulnerabilidade em que se encontram.

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