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Vendas do comércio gaúcho crescem mais que a média nacional, impulsionadas por corrente de solidariedade após enchentes no Rio Grande do Sul

Em meio à tragédia das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio, uma onda de solidariedade tomou conta da população, levando as vendas do comércio gaúcho a crescerem acima da média nacional. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (11), o setor varejista no estado registrou uma expansão de 1,8%, enquanto a média nacional foi de 1,2%.

A situação de emergência provocada pelas enchentes levou os gaúchos a se mobilizarem em busca de doações para as vítimas, o que acabou impulsionando as vendas, em especial nos segmentos de hiper e supermercados, além de tecidos, vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a compra de itens para doação e a preocupação com um possível desabastecimento motivaram essa corrida aos mercados.

Os impactos das chuvas torrenciais no estado foram devastadores, causando mais de 180 mortes e afetando seriamente a economia local. Com fábricas paradas, rodovias destruídas e pontos de venda fechados, a situação exigiu uma resposta rápida e solidária da população.

Além do setor varejista, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria também apresentaram crescimento em maio. O pesquisador do IBGE ressaltou que o aumento nas vendas não se deve apenas à inflação, mas também ao forte impacto das doações e compras emergenciais.

É importante destacar que a solidariedade demonstrada pelos gaúchos não se restringiu ao estado, mas também mobilizou compras fora da região que foram enviadas para as áreas afetadas. Embora esses impactos sejam menos evidentes em outros estados, o efeito das doações foi sentido em toda a cadeia produtiva.

Diante desse cenário de superação e união em meio à adversidade, o comércio gaúcho se destaca como exemplo de resiliência e solidariedade, mostrando como a mobilização da sociedade pode fazer a diferença em momentos de crise.

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