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Senador critica gastos do governo federal e do Ceará, denunciando casos de mau uso do dinheiro público: “Estão perdendo o pudor”.




Artigo – Críticas do Senador Eduardo Girão sobre gastos públicos

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas aos gastos realizados por ministérios e pelo governo do Ceará em seu pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (10). Ele destacou que os casos de mau uso do dinheiro público têm se tornando cada vez mais frequentes, chegando ao ponto dos envolvidos “perderem o pudor”.

Uma das denúncias apresentadas pelo parlamentar foi baseada em dados do Portal da Transparência, divulgados pelo site O Antagonista. Segundo Girão, o Ministério dos Povos Indígenas gastou R$ 11 milhões em passagens aéreas e hospedagens, além de R$ 7 milhões em diárias em apenas 1 ano e meio. Entre os gastos questionáveis, o senador destacou 2 mil trechos aéreos emitidos para pessoas que não são servidores do ministério, como Hone Sobrinho, amigo da ministra Sonia Guajajara, que fez 23 viagens mesmo sem vínculo oficial.

Além disso, Girão mencionou uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo sobre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que teria se reunido com os empresários Joesley e Wesley Batista antes de aprovar uma medida provisória que resultou em uma dívida de R$ 1 bilhão transferida para a população. O senador ressaltou que esses empresários teriam admitido, durante a Operação Lava Jato, ter feito transferências milionárias para ex-presidentes. Em decorrência desse episódio, Girão solicitou a presença do ministro no Senado para esclarecimentos.

Girão também criticou os altos custos da Assembleia Legislativa do Ceará, que teria gasto R$ 400 milhões no primeiro semestre do ano. Ele destacou a suspeita de um processo de contratação sem licitação no valor de R$ 29 milhões e informou que tomou medidas legais para impedir a contratação da empresa Lumali Engenharia para reconstruir o plenário após um incêndio.

Diante de tantas irregularidades apontadas, o senador finalizou seu discurso ressaltando que os responsáveis pelos gastos públicos abusivos estão “perdendo o pudor”. Ele destacou ainda a necessidade de investigações e fiscalização por parte dos órgãos competentes para coibir tais práticas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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