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PF aponta uso da Abin para favorecer filhos de Bolsonaro durante governo: relatório expõe monitoramento ilegal de Jair Renan e Flávio.

A atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, segundo a Polícia Federal (PF), foi alvo de questionamentos em relação ao suposto favorecimento aos dois filhos do ex-presidente. De acordo com a PF, agentes da Abin teriam utilizado a estrutura da agência para buscar informações relacionadas às investigações envolvendo Jair Renan e Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro.

O relatório da investigação, denominada Abin Paralela, foi revelado nesta quinta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a retirada do sigilo do inquérito que trata do caso. Segundo as informações apuradas, um policial federal que atuava na agência teria sido designado para espionar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan em uma empresa de eventos. Jair Renan enfrenta acusações de tráfico de influência e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público.

Relativamente ao senador Flávio Bolsonaro, as ações clandestinas de monitoramento teriam sido direcionadas a três auditores da Receita Federal que estavam envolvidos na investigação sobre o esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio quando ele ocupava o cargo de deputado estadual. Os investigadores afirmam que as buscas por informações sobre os auditores foram ordenadas pelo deputado federal Alexandre Ramagem, na época diretor da Abin.

Em suas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro se manifestou sobre a divulgação do relatório de investigação, alegando que a intenção era prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. Flávio afirmou que não havia ligação entre ele e a Abin, destacando que sua defesa abordava questões processuais sem relação com as atividades da agência. Até o momento, a Agência Brasil busca contato com as defesas de Jair Bolsonaro, Jair Renan e do deputado Ramagem para obter mais informações sobre o caso.

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