Recentemente, tive a oportunidade de ouvir os relatos da Mãe Márcia de Obaluaiyê, uma mãe de santo renomada, sobre a poderosa orixá Iansã. Também conhecida como Oyá, Iansã é uma divindade que representa as tempestades e a guerra na tradição afro-brasileira.
Segundo Mãe Márcia, em uma das lendas envolvendo Iansã, a orixá guardava um grande poder: a habilidade de se transformar em um búfalo. No entanto, essa habilidade foi descoberta por Ogum, outro orixá guerreiro, que então roubou a pele do búfalo e a escondeu.
Ogum, que já possuía outras esposas, acabou pedindo a mão de Iansã em casamento, convencendo-a a se unir a ele. No entanto, a chegada avassaladora de Iansã gerou ciúmes nas outras mulheres de Ogum, que tramaram contra ela.
Essas mulheres conseguiram embriagar Ogum e descobriram o segredo de Iansã, que então foi humilhada pela revelação de sua verdadeira forma. No entanto, a orixá não se deixou abater e recuperou sua pele de búfalo, transformando-se novamente e castigando aqueles que a haviam ofendido.
Essa história nos faz refletir sobre o papel das mulheres fortes e potentes, que muitas vezes são alvo de tentativas de enfraquecimento e controle por parte dos homens. A história de Iansã nos mostra como a força feminina pode ser ameaçadora para aqueles que buscam dominá-la.
No entanto, mesmo diante das adversidades, Iansã se mantém firme em sua essência, demonstrando sua coragem e justiça. Suas aventuras e ensinamentos ao lado de outros orixás a tornaram ainda mais poderosa e respeitada.
Além disso, aproveito para parabenizar a Academia Paulista de Letras por sua iniciativa em prol do meio ambiente, plantando árvores nativas da Mata Atlântica. Essas ações são essenciais para preservar a natureza e garantir um futuro sustentável.
Em suma, a história de Iansã nos inspira a seguir em frente, mesmo diante dos obstáculos, e a defender com coragem aquilo em que acreditamos. Que a força e a justiça de Iansã guiem as mulheres fortes em sua jornada.
