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Importação de arroz pelo governo é descartada pela Conab, que projeta estoques baixos e preços ajustados para o cereal.




Conab não considera mais importação de arroz para este ano

A Conab descarta importação de arroz em 2024

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou nesta quinta-feira (11) que não prevê mais a importação de arroz para este ano. Inicialmente, o governo cogitava a importação de até 1 milhão de toneladas, mas a Conab projetou uma compra externa de 1,7 milhão de toneladas, abaixo dos 2,2 milhões previstos anteriormente.

Segundo os novos dados divulgados, o Brasil terminará o período com baixos estoques de passagem de uma safra para outra, com apenas 394 mil toneladas em fevereiro de 2025, o menor em cinco anos. Isso se deve ao aumento do consumo interno, impulsionado pela política de incentivo ao consumo de arroz e à ampliação do programa Bolsa Família.

A Conab prevê um consumo de 11 milhões de toneladas de arroz neste ano, acima dos 10,3 milhões consumidos em 2023, o que manterá os preços ajustados no mercado. As negociações internacionais estão sendo impactadas pela menor oferta mundial do cereal, mantendo os preços elevados. Além disso, o dólar valorizado favorece as exportações, mas encarece as importações, o que não deve trazer alívio para os consumidores em relação aos preços atuais.

Apesar da redução na projeção de importação, o governo aumentou a estimativa de exportação para 1,3 milhão de toneladas. A safra do Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro, deve atingir 7,3 milhões de toneladas em 2023/24, um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior, mas ainda abaixo do previsto antes das enchentes que atingiram o estado.

Os gaúchos enfrentaram atrasos no plantio e dificuldades climáticas nos últimos meses, com a Conab estimando que 5% da área semeada teve problemas significativos com as enchentes. Além disso, cerca de 42 mil hectares afetados ainda não foram colhidos.

Com oscilações nos preços do arroz, o valor médio da saca passou de R$ 105 antes das enchentes para até R$ 122, mas atualmente está em torno de R$ 114. A produção total de grãos no Brasil deve cair para 299 milhões de toneladas nesta safra, com quedas na produção de soja e milho, e aumentos na produção de feijão, trigo e algodão, além do arroz.


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