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FMI revisa projeção de crescimento para o Brasil em 2,1% e destaca resiliência econômica em meio a desinflação.






Artigo: FMI revisa projeção de crescimento para o Brasil

FMI revisa projeção de crescimento para o Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta quinta-feira (11) uma revisão em sua projeção de crescimento para o Brasil, estimando agora um avanço de 2,1%. De acordo com o relatório do FMI, a economia brasileira tem demonstrado uma notável resiliência, mesmo em meio ao processo de desinflação em curso.

No relatório anterior, em abril, o Fundo havia previsto um crescimento de 2,2% para este ano, tanto para o Brasil como para toda a região latino-americana. No entanto, a projeção foi moderada para refletir a política monetária restritiva, eventos climáticos como as inundações no Rio Grande do Sul e a normalização da produção agrícola.

Os diretores do FMI destacaram a resiliência da economia brasileira devido ao crescimento consistente da atividade econômica, que tem superado as expectativas, impulsionado por fatores favoráveis de oferta e demanda. O relatório mencionou que a inflação tem se mantido dentro da meta estabelecida, com o IPCA registrando 4,23% em 12 meses, próximo à meta de 3% estabelecida pelo Banco Central.

Crescimento econômico e desafios

O FMI prevê que a economia brasileira deve fortalecer-se a médio prazo, alcançando um crescimento de 2,5%. Essa projeção foi impulsionada por ganhos de eficiência decorrentes da reforma do IVA e do aumento da produção de hidrocarbonetos. A entidade elogiou a reforma tributária ocorrida em 2023, que simplificou o sistema tributário do país e deve contribuir para aumentar a produtividade e melhorar a equidade.

No entanto, o FMI também alertou para desafios pendentes, como a elevada dívida pública e a lenta convergência para níveis de vida mais altos. Ressaltou que, apesar dos riscos para a economia brasileira estarem inclinados ligeiramente para baixo, ainda há incertezas, especialmente devido a fatores externos como a política monetária global e a volatilidade dos preços das commodities.

Em relação aos desafios internos, o FMI destacou que interrupções nas cadeias de suprimentos, decorrentes das recentes inundações no Rio Grande do Sul, e um consumo das famílias mais forte do que o esperado podem impactar a recuperação econômica do país.


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